08/04/2009

Ilusão De Um Poema







Teus olhos que se desfaziam
Em mil encantos
Repousados na nudez dos meus seios
Encantos doces
rodopiando
por entre as ondas
de azul esmeralda
do mar bravo
do meu desejo.
Bateram as águas do rio na muralha
Palavras que me atiravas ao ouvido
Incendiaram flashes de rubor no meu rosto
E eu corri ainda mais depressa
Para dentro da minha imaginação,
Nua
Corpo de sonho,
Volúpia aberta na noite fechada.
Sorrindo por entre as nuvens,
A lua era eu
Em silhueta de ninfa
Que tu roubaras ao céu
Coberta com as pétalas de rosas molhadas
Que floriam dos teus lábios em frenesim.
Do outro lado da margem cantaram murmúrios
Talvez fados de gaivotas
Que não andavam por terra
E não eram sinal de tempestade,
Toalhas amarrotadas
Ondas sujas desmaiaram a nossos pés
A água tocou os fogos de artifício que ateáramos
Como se nada mais existisse,
Como se tudo o mais só existisse assim
Naquele segundo de eternidade.
Desejo de poema que eu tirei do fundo da minha ilusão


Nefertiti



Adoro tua sedução
Tua paixão em mim
Dá-me teus beijos…
Os meus percorrer-te-ão o corpo de mar, de boca salgada
De esperas…!
Nas pontas de meus dedos, cada segundo…
Uma eternidade…!
Ofereço-me de lábios entreabertos e
Húmidos num beijo
Matinal de sabor marítimo
De contida paixão…!
Beijo-te longo o corpo
Adivinhado onde me detenho
Sinto-me bem nesse sensual abraço…
De inesperada invulgaridade… e tão bonito
Sucumbido em teus olhos
Deixa que te abrace assim…!


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