14/01/2013

Alvorecer



Chegaste devagar…

despiste-me a razão, ainda sem eu acordar.

E com os teus dedos revestiste-me a pele,

de doces palavras de mel.

Embarcamos os dois no navio das fantasias,

navegámos, nas mesmas ternas melodias.

Tão serenamente…

percorremos tardes, noites e madrugadas

até que sentimos, tímidos, despertar a alvorada.

Desnudámos o sol,

num cântico de amanhecer, esvoaçaram gaivotas

sobre a plenitude a crescer, na imensidão do mar.

Emoções e sensações…

esculpidas em céus de azul deixando-se conquistar.

Brisa marítima, salgada, mãos de carícias,

ardentes, simplesmente.

Corpos de delicias, apenas e só porque sim,

ansias de querer, partilha, entrega, tão somente…

começas a entrar em mim!...

 

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